Vítor Suárez Díaz, Isaac Díaz Pardo e coitx
Cartaz de Luís Seoane co que se apoia o Plebiscito do Estatuto de Autonomía da Galiza (1936) |
Vítor Suárez Díaz reside no concello de Sada, nese lugar onde se ergue Cerámicas do Castro, empresa -moi ao pesar do autor- que xa non é o que era nin significa o que debería significar. O seu lamento -certeiro e atinado- chega a indicar o seguinte: "imagina o polbo da piscina do Castro, desenhado por Seoane, virado num monstro fusquenlho ergueito e esganando gargantas agradecidas. A falta de povo". Del mesmo sinala que é "um contratista (eufemismo de mercenário) da Conselharia de Educação. Mas não por mercenário livre de opressão". A narración sobre si mesmo resulta totalmente poética, sinalando que "acredita que a terra está moi baixa e o céu moi alto, e daria-lhe a cada decrescentista uma fouce e uma tábua de exercícios, para relativizar".
Este autor, con destreza no verso, no léxico e -en fin- en toda a súa escrita trae este poema que, na súa integridade, soa así:
COITX
Em pé de Lambre
lamber carabunhas rebuçadas
como te pões ericácea
Cantou Esgaravunha vês que coitx d´endurar
minha mirtila
outeiras mesetas
roças coitxs sobre mim eriças
ritmos arandos e bruco eu
em branhas mornas flues coitando
E por isso me cambei
perto o Cambás barranco minha loba
barro tu não eu não modelo
Só levo as formas cuncas na derme
coitadx conto intres de ardente cera
mica que laminas minas de lava
manda eu ou canle ainda vertente
mada tu a zugar-me rios de linho
Beira Mandeo edoi na memória
a manda de Isaac a laborar ágil argila
ânfora a guarir formas de nosso
anáfora a lembrar-nos onde aramos
Anaconda de lume derredor tu sennor de nós sem cinta
Anaco na
goela levo de ti endura suor
seco a dur quando adormeço
e pesam as sombras
como geadas de espinhos
Vítor Suárez Díaz
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